Sempre fui apaixonada pelo baú da minha avó.
Prático, você pode sentar e guardar as coisas dentro dele.
Rústico, chique.
Decorativo, lindo.
Ele era da minha avó Iracema.
Ele vivia cheio. Cheio, lotado!
Agora, casada, ele é meu! Ficou um tempo vazio, mas cheio de lembranças.
Hoje, mesmo cheio, lotado novamente, ele continua "cheio de sempre".
Ele é a lembrança cotidiana da minha avó em minha vida.
Por muito tempo e até hoje, meus olhos se enchem, de lágrimas e saudades.
O que me conforta é saber que as lágrimas de saudades tem o significado de luz nos caminhos dos que já se foram.
Foram sem se despedir. Foram, tão cheios de vida...
Vamos brincar um pouco de imaginar?
Imagine você assistindo sua avó num campeonato de natação...
Imagine uma apresentação em que sua avó era o cachorro que queria se casar com a D. Baratinha...
Imagine sua avó encenando uma bruxa...
Imagine sua avó fazendo dança de salão...
Imagine sua avó escrevendo poesias sobre as flores, de A a Z...
Imagine você assistindo um desfile de sua avó no shopping...
Imaginou?
Essa era a minha avó. Ou melhor, é a minha avó.
Avó que eu guardo na lembrança. Ou melhor, no báu vivo de recordações que não está na minha sala,
mas aquele que está vivo em meu coração.
Feliz aquele que sabe a felicidade que é ter avós.
Vó, te encontro em vários lugares:
no mar, nos filmes, nos teatros, nas viagens, nas flores, nos livros, nas crianças,
te encontro na arte!
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